segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Só 8% das verbas para reabilitação urbana em Lisboa são para habitação

Ao fim de quase duas horas de discussão de reunião da Câmara de Lisboa, a votação do terceiro aditamento ao Plano de Investimento Prioritário em Acções de Reabilitação Urbana (PIPARU) de Lisboa acabou adiada para daqui a duas semanas.

O adiamento fica a dever-se ao "novo conceito" presente na alteração ao plano de reabilitação, que levou a vereadora do PSD Dina Vieira a considerar estar-se perante "uma subversão total" do programa, uma vez que a verba destinada à reabilitação de imóveis e habitação desce de 44% para 8%, acusa.

Pedro Santana Lopes chegou mesmo a considerar que este PIPARU "é tudo menos aquilo que tínhamos na nossa cabeça". Os social-democratas criticaram o facto de se passar, agora, a privilegiar a reabilitação de espaços públicos, deixando de lado a reabilitação de edifícios. Tanto o CDS como o PCP manifestaram, igualmente, dúvidas em relação ao enfoque que agora é colocado na reabilitação do espaço público.

O executivo, através do vereador do Urbanismo Manuel Salgado, salientou que a ideia é usar este financiamento de 117 milhões de euros, "uma gota de água", onde ela seja "mais eficaz". E tal seria na reabilitação de espaços públicos, uma vez que "terão um efeito dinamizador". A reabilitação dos edifícios deve ser feita por privados; para tal, serão constituídos fundos de reabilitação e lá "reunidos os edifícios", para que depois seja possível a participação das entidades privadas.

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