segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De olho nas taxas e contratos no crédito à habitação

Os ‘spreads’ elevados podem tornar a prestação incomportável quando a Euribor subir. Para piorar, alguns bancos tentam mudar condições dos contratos.



A prestação da casa é das despesas que mais pesa no orçamento familiar dos portugueses com crédito à habitação. Após vários meses de sufoco com a Euribor, taxa que serve de indexante à maioria dos empréstimos, em máximos históricos, seguiram-se descidas acentuadas. Mas, com sinais de recuperação da crise económica, adivinham-se novas subidas. Pior: a descida da Euribor foi acompanhada por um aumento dos ‘spreads' (grosso modo, a margem de lucro no crédito) dos novos contratos. Os bancos justificam-se com a maior dificuldade em conseguirem financiamento devido à crise. Mas os consumidores podem ver a sua prestação mensal aumentar várias centenas de euros daqui a alguns meses, caso a Euribor volte a atingir valores idênticos aos de 2008.
Os bancos não se ficaram apenas pelo aumento do ‘spread'. Algumas instituições resolveram incluir cláusulas nos contratos que lhes dão o direito de mudar a taxa de juro ou encargos se, entre outros motivos, as alterações do mercado o justificarem. Mas, no seguimento da denúncia da Deco e após a intervenção do Governo, recuaram e retiraram dos novos contratos disposições que permitiam alterar taxas e outros encargos unilateralmente. Garantiram, ainda, não accionar as cláusulas dos contratos já assinados. Outras instituições analisam o comportamento dos clientes ao pormenor, para se certificarem de que as condições do contrato se mantêm. A mínima alteração dá direito a um aumento no ‘spread'. Segundo a lei de Agosto de 2009, os bancos têm um ano para reagir.  Ler Mais ......,,,

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