quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Queda salarial em Portugal é a maior da União Europeia.

Recuo recorde nos custos laborais faz com que Portugal seja o país com mais ganhos de competitividade.



Portugal é o país da União Europeia a 27 (UE) onde os salários mais vão cair em 2011. Num ano em que a economia volta a entrar em recessão, as remunerações recuam 3,5% em termos reais, valor suficiente para produzir uma queda recorde nos custos com o trabalho das empresas portuguesas. 

As previsões, feitas pela Comissão Europeia, apontam para algo que nunca antes tinha acontecido: uma redução dos salários nominais - o valor que os trabalhadores de facto levam para casa no final do mês - na ordem dos 1,3%. Mas, com a inflação a acelerar o passo no próximo ano, o resultado final é uma perda real de poder de compra mais elevada em 2,2 pontos percentuais.


Uma parte desta quebra resulta directamente da decisão do Governo de cortar os salários da Função Pública no próximo ano - 5%, em média -, uma opção plasmada no Orçamento do Estado de 2011. Mas, com o desemprego nos dois dígitos, os trabalhadores do sector privado também vão sentir dificuldades acrescidas em negociar actualizações salariais mais favoráveis, de acordo com os técnicos da Comissão. 

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