Os preços da alimentação, água, luz, vestuário e calçado, transportes, educação e saúde vão todos aumentar no próximo ano, com consequências inevitáveis nos orçamentos das famílias portuguesas, já que estes produtos e serviços pesam em média 77,6% nas despesas totais. E se a gestão das contas das famílias já parece um exercício muito exigente, em 2011 tudo poderá ficar seriamente comprometido caso os juros e ‘spreads' dos créditos à habitação subam, o que pode acontecer a partir do segundo semestre. Os mais de três milhões de famílias aplicam em média 10% do seu orçamento nos custos com habitação e uma subida da euribor, indexante nos contratos à habitação, poderá ter um impacto brutal na estrutura das despesas das famílias portuguesas. O Banco Central Europeu, liderado Jean-Claude Trichet, para já não pretende alterar a taxa de juro de referência de 1% ao ano na zona do euro, taxa à qual empresta aos bancos e que contribui para a formação da euribor, por causa da crise da dívida soberana que está alastrar pela Europa, mas de um dia para o outro tudo se pode alterar.
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